quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O Filho e o cordeiro

É interessante como o povo gosta de pintar o quadro de um deus mau e cruel que pune severamente um Ser Humano Bonzinho Perfeito Santíssimo...

Creio que Deus é amor, mas a justiça também é um de seus atributos.

Pela Justiça e amor, Ele decidiu provar Abrãao para testar o amor dele e se ele entregaria seu único Filho Isaque por amor ao Senhor em quem cria e servia.

Abrãao, mesmo sentindo muita dor em seu coração, foi até o fim, quase entregando seu filho em sacrifício ao Senhor.

Mas Deus é misericordioso e viu que Abrãao verdadeiramente O amava, mas que não conseguiria suportar a perda do filho.

Depois disso, Abrãao ficou sendo conhecido até hoje como Pai da Fé e amigo de Deus.

Deus então poupou o filho e deu um cordeiro.

O povo de Israel cresceu, foi para o exílio, e lá novamente o cordeiro foi a salvação do povo de Israel contra o julgamento do corrupto povo do Egito.

Veio a Lei, e o cordeiro ainda era a prova do amor de Deus e a obra da expiação temporária dos pecados.

Mas um simples cordeiro nunca poderia apagar definitivamente o preço da condenação eterna do homem, nem aplacar a justiça de um Deus santo, que havia visto toda a maldade do homem sobre a Terra até aquele dia.

O cordeiro deveria ter a semelhança do homem pecador, mas sem pecado...

Em uma Sexta-Feira, no Monte Gólgota, Deus ignorou o sacrifício do cordeiro lá no Templo para prover o Seu Filho Unigênito, o melhor de tudo o que tinha, como o seu Cordeiro para os Homens.

Sentindo uma dor muito mais forte daquela que Abrãao Sentiu, pois este estava triste enquanto pensava na possibilidade da morte de seu filho Isaque, mas que seria entregue a um Amigo, o Deus Eterno.

Enquanto Deus entregava um Filho muito mais precioso para uma humanidade que o ignorava, Mas mesmo assim, por sua grande misericórdia e amor, Ele foi até o fim e sacrificou o Filho por Nós.

Agora, Será que podemos chamar de mau, cruel e injusto, um Deus que entrega a Si mesmo para pagar o preço dos pecados de seres humanos pecadores, culpados, ingratos e auto-justificadores de si mesmos ?

Ele não precisava fazer isso, mas fez...

Ele era o Juiz que estava prester a condenar o réu, mas havia a possibilidade de pagar uma alta fiança para evitar a condenação, e Ele saiu da posição de Juiz, assumiu a de Réu, pagou o alto preço da Fiança, voltou para seu Lugar de Juiz e disse: "Está Pago, Você está Livre !"

Um comentário:

Rodrigo Amaro disse...

Gostei muito do seu blog, Júlio Cesar... a disposição das cores entoando textos fortes faz com que tenhamos sede de terminar a leitura e pular para o próximo post. Parabéns pelo blog!