quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A cruz antiga e a nova (A. W. Tozer)

Totalmente sem aviso e despercebida, uma nova cruz surgiu nos círculos populares evangélicos nos tempos modernos. Parece-se com a antiga cruz, mas é diferente: as semelhanças são superficiais; as diferenças, fundamentais.

Desta nova cruz brotou uma nova filosofia da vida cristã, e dessa nova filosofia proveio uma nova técnica evangélica - um novo tipo de reunião e uma nova espécie de pregação.

Esta nova evangelização emprega a mesma linguagem da antiga, mas seu conteúdo não é o mesmo e a sua ênfase não é como antes.

A cruz antiga não fazia barganhas com o mundo. Para a jactanciosa carne de Adão, ela significava o fim da jornada. Punha em execução a sentença imposta pela lei do Sinai.

A nova cruz não se opõe à raça humana; ao contrario, é uma companheira amigável e, se corretamente entendida, é fonte de oceanos de boa e limpa diversão e de inocente prazer. Ela deixa Adão viver sem interferência.

A motivação da sua vida não sofre mudança; o seu prazer continua sendo a razão do seu viver, só que agora ele se deleita em cantar coros e em ver filmes religiosos, em vez de cantar canções obscenas e beber bebidas alcoólicas fortes.

A tônica ainda está no prazer, embora agora a diversão esteja agora num superior plano moral, se não intelectual. A nova cruz estimula uma abordagem evangelística nova e inteiramente diversa.

O evangelista não exige renuncia da velha vida para que se possa receber a nova.
Ele não prega contrastes; prega similaridades.
Procura caminho para o interesse do público, mostrando que o cristianismo não faz exigências desagradáveis; ao invés disso, oferece a mesma coisa que o mundo oferece, só que num nível mais alto.

Seja o que for que o mundo enlouquecido pelo pecado reclame para si no momento, com inteligência se demonstra que exatamente isso o evangelho oferece, só que o produto religioso é melhor.

A nova cruz não destrói o pecador; redireciona-o. Aparelha-o para um modo de viver mais limpo e mais belo e poupa o seu respeito próprio. Àquele que é auto-afirmativo, ela diz: "Venha e afirme-se por Cristo". Ao egoísta diz: "Venha e exalte-se no Senhor".

Ao que procura viva emoção diz: "Venha e goze a vibrante emoção do companheirismo cristão".

A mensagem cristã sofre torção na direção da moda em voga, para que se torne aceitável ao publico.
A filosofia que está por trás desse tipo de coisa pode ser sincera, mas sua sinceridade não a faz menos falsa. É falsa porque é cega.
Falta-lhe por completo todo o significado da cruz.

A antiga cruz é um símbolo de morte. Ela representa o abrupto e violento fim do ser humano. Na época dos romanos, o homem que tomava sua cruz e se punha a caminho já tinha dito adeus a seus amigos. Não voltaria. Estava saindo para o término de tudo.
A cruz não fazia acordo, não modificava nada e nada poupava; eliminava o homem, completamente e para sempre. Não procurava manter boas relações com a sua vítima. Feria rude e brutalmente, e, quando tinha terminado o seu trabalho, o homem já não existia.

A raça de Adão está sob sentença de morte. Não há comutação nem fuga. Deus não pode aprovar nenhum fruto do pecado, por mais inocente ou belo pareça aos olhos dos homens.

Deus salva o indivíduo liquidando-o e, depois, ressuscitando-o para uma vida nova.

A evangelização que traça paralelos amistosos entre os caminhos de Deus e os dos homens é falsa para Bíblia e cruel para as almas de seus ouvintes.

A fé crista não é paralela ao mundo; secciona-o. Quando vimos a Cristo, não elevamos a nossa velha vida a um plano mais alto; deixamo-la aos pés da cruz.

O grão de trigo tem de cair no solo e morrer.

É preciso que nós, que pregamos o Evangelho, não nos consideremos como agentes de relações públicas enviados para estabelecer boa vontade entre Cristo e o mundo.

É preciso que não nos imaginemos comissionados para tornar Cristo aceitável ao grande comércio, à imprensa, ao mundo dos esportes ou à educação moderna.

Não somos diplomatas, mas profetas, e a nossa mensagem não é um acordo, mas um ultimato. Deus oferece vida, não porém uma velha vida melhorada. A vida que Ele oferece é vida posterior à morte.

É vida que se mantém sempre no lado oposto ao da cruz. Quem quiser possuí-la, terá de passar sob a vara. Terá de repudiar-se a si próprio e aquiescer-se à justa sentença de Deus que o condena.

Que significa isso para o indivíduo, para o condenado que desejar achar vida em Cristo Jesus?

Como poderá esta teologia ser transferida para a vida?
Simplesmente, é preciso que ele se arrependa e creia. É preciso que ele abandone os seus pecados e então prossiga e abandone a si mesmo. Que não cubra nada. Que não procure fazer acordo com Deus, mas incline a cabeça para o golpe do severo desprazer de Deus e reconheça que merece morrer.
Feito isso, que ele contemple com singela confiança o Senhor ressurreto, e do Senhor lhe virão vida, renascimento, purificação e poder.

A cruz que deu cabo a vida terrena de Jesus agora põe fim ao pecador; e o poder que levantou Cristo dentre os mortos agora o ressuscita para uma nova vida ao lado de Cristo.

A qualquer que faça objeção a isso ou que o considere meramente como uma estreita e particular visão da verdade, permita-me dizer que Deus fixou Seu caminho de aprovação nesta mensagem, desde os dias de Paulo até ao presente.

Quer exposto nestas exatas palavras quer não, tem sido este o conteúdo de toda pregação que tem trazido vida e poder ao mundo através dos séculos.

Os místicos, os reformadores, os avivalistas, tem posto aqui a sua ênfase, e sinais, maravilhas e poderosas operações do Espírito Santo deram testemunho de aprovação de Deus.

Ousaremos nós, os herdeiros desse legado de poder, adulterar a verdade?

Ousaremos apagar com os nossos grosseiros lápis as linhas impressas ou alterar o modelo que nos foi mostrado no Monte?
Não o permita Deus. Preguemos a velha cruz e conheceremos o antigo poder.

Nota sobre o Autor: O Dr. A. W. Tozer era pastor da Southside Alliance Church, em Chicago. Ele é conhecido como um dos mais famosos pregadores deste século e como "um profeta" da nossa geração.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A cruz é algo radical (A. W. Tozer)

A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens.
A cruz dos velhos tempos Romanos não conhecia acordo; ela nunca fez concessões.
Ela venceu todas as suas disputas matando o seu oponente e silenciando- o de uma vez para sempre. Ela não poupou Cristo, mas o matou assim como os outros. Ele estava vivo quando O penduraram naquela cruz e completamente morto quando O tiraram dela seis horas mais tarde.
Isso era a cruz, a primeira vez que apareceu na história Cristã. Depois que Cristo foi levantado da morte os apóstolos saíram para pregar Sua mensagem, e aquilo que pregavam era a cruz.
Onde quer que eles fossem pelo mundo afora carregavam a cruz e o mesmo poder revolucionário ia com eles.
A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de um perseguidor de Cristãos para um crente gentil e um apóstolo da fé.
O poder da cruz transformou homens maus em bons. Ela livrou a longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo Ocidental.
Tudo isto ela fez e continua a fazer enquanto for permitido permanecer sendo o que era originalmente, uma cruz. Seu poder se foi quando foi mudada de algo de morte para algo de belo.
Quando os homens fizeram dela um símbolo, pendurando- a aos seus pescoços como um ornamento ou fizeram seu esboço diante das suas faces como um sinal mágico para repelir o maligno, então ela se tornou na melhor das hipóteses um fraco emblema, e na pior das hipóteses um fetiche positivo. Como tal ela é venerada hoje em dia por milhões que não sabem absolutamente nada sobre o seu poder.
A cruz alcança seu fim pela destruição de um padrão estabelecido, a vítima, e cria um outro padrão, seu próprio. Assim, ela tem sempre seu estilo.
Ela vence através da derrota do seu oponente e imposição da sua vontade sobre ele.
Ela sempre domina. Ela nunca se compromete, nunca negocia nem concede, nunca renuncia um ponto por motivo de paz. Ela não se importa com a paz; ela se importa somente em acabar com sua oposição o mais rápido possível.
Com perfeito conhecimento de tudo isto Cristo disse, “Se alguém quer vir após mim, negue- se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga- me” (Mt 16:24).
Assim a cruz não somente provoca um fim à vida de Cristo, ela também dá fim à primeira vida, a velha vida, de cada um dos Seus verdadeiros seguidores. Ela destrói o velho padrão, o padrão de Adão, na vida do crente e o conduz a um fim. Então o Deus que ressuscitou Cristo da morte ressuscita o crente e se inicia uma nova vida. Isto, e nada menos, é Cristianismo verdadeiro, entretanto não podemos deixar de reconhecer a divergência crucial deste conceito daquele defendido pelos membros evangélico de hoje.
Porém não ousamos qualificar a nossa posição. A cruz permanece bem acima das opiniões dos homens e para aquela cruz todas as opiniões devem finalmente ir para julgamento.
Uma liderança superficial e mundana modificaria a cruz para agradar os entretenimentos loucos dos religiosos que terão a sua diversão mesmo dentro do santuário; mas agir assim é procurar desastre espiritual e se expor ao perigo da ira do Cordeiro transformado em Leão.

Devemos fazer algo com relação à cruz, e somente uma de duas coisas podemos fazer: fugir dela ou morrer nela.
Se formos tão imprudentes para fugir devemos por este ato pôr de lado a fé de nossos pais e fazer do Cristianismo alguma outra coisa exceto o que ele é.
Então teremos deixado somente a vazia linguagem da salvação; o poder se apartará com nosso apartamento da verdadeira cruz.
Se formos sábios faremos o que Jesus fez; enfrentaremos a cruz e desprezaremos a vergonha pela alegria que está colocada diante de nós. Fazer isto é entregar todos os padrões das nossas vidas para serem destruídos e reconstruídos no poder de uma vida eterna. Descobriremos que isto é mais do que poesia, mais do que doce melodia e sentimento nobre. A cruz cortará em nossa vida onde ela fere mais, sem poupar nem a nós nem nossas reputações cuidadosamente cultivadas. Ela vai nos derrotar e levar nossas vidas egoístas a um fim. Somente então poderemos nos levantar em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida completamente novo, livre e repleto de boas obras.
A mudança de atitude em relação a cruz que vemos na ortodoxia moderna não prova que Deus tenha mudado, nem que Cristo tenha facilitado na Sua exigência de que carreguemos a cruz; antes significa que a Cristandade atual se afastou dos padrões do Novo Testamento.

Até agora temos mudado tanto que isto pode necessitar nada menos do que uma nova reforma para restaurar a cruz para o seu lugar correto na teologia e vida da Igreja.

Do livro: A Raiz do Justo.

Nota sobre o Autor: O Dr. A. W. Tozer era pastor da Southside Alliance Church, em Chicago. Ele é conhecido como um dos mais famosos pregadores deste século e como "um profeta" da nossa geração.

(Fonte: site Urro do Leão - http://www.urrodoleao.com.br)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

A Fé Ri das Impossibilidades (Leonard Ravenhill)

Pedro na prisão! Que abalo!

Estamos muito longe da cena real para capturar a atmosfera de horror que os Cristãos sentiram neste dia.
Pedro foi movido do Pentecostes para a prisão, dos insultos para a lança. Ele foi guardado por dezesseis soldados.
Pergunte a si mesmo o porque de um homem indefeso necessitar de um semelhante grupo para vigiá-lo.
Poder-se-ia ser que Herodes temeu o sobrenatural, visto que ele soube que Jesus escapou de um grupo semelhante que O guardava?

Se Pedro tivesse sido cercado por cento e dezesseis soldados, o problema não seria aumentado nem a fuga seria menos certa.

Pedro não estava confinado somente pelas duas correntes, mas também pelas grossas paredes da prisão, pelas três divisões da prisão e finalmente por um portão de ferro.

Quando Pedro estava na prisão, a igreja organizou um plano para libertá-lo? Não.

Quando Pedro estava encarcerado, os crentes ofereceram uma petição a Herodes ou sugeriram um preço para oferecer aos legisladores para sua liberdade? Não.

Pedro tinha libertado outros na hora da oração; agora outros deveriam crer na sua libertação.

Com freqüência através do livro de Atos, que poderia ser chamado Os Atos da Oração, encontramos oração e mais oração.

Escave no livro e descubra este poder que motivava a igreja primitiva.

No capítulo doze de Atos encontramos um grupo que orava.

Apesar de um exército acampado contra Pedro, nisto aqueles crentes confiavam: havia um Deus que poderia e que livraria.

A operação de resgate que nunca falhou foi a oração. Não havia limites nas orações daqueles que fizeram intercessão por Pedro.
A oração era feita sem cessar pela igreja à Deus por ele. Eles não estavam preocupados se Herodes morreria ou não.
Eles não oraram para que eles pudessem escapar do destino de Pedro. Eles não pediram que eles tivessem outro êxodo para uma nação mais hospitaleira.

Eles oraram por uma pessoa: Pedro. Eles oraram por uma coisa: sua libertação.

A resposta provou o prometido: "E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis".

Alguns pobres intérpretes desta história têm disto que quando aqueles que oravam ouviram que Pedro estava à porta, não acreditaram. Eu não posso aceitar esta suposição.
Estou certo de que eles oraram com esperança.

Eu gosto de pensar que eles ficaram por um momento chocados com a instantaniedade da resposta. Eles poderiam ser escusados se tivessem levantado suas sobrancelhas quando Pedro disse: "Eu escapei facilmente com a escolta de um anjo" (Próxima vez que você passar na porta mágica automática em seu supermercado, lembre-se que a primeira porta a abrir-se de seu próprio acordo foi funcionada de cima!).

Libertações operadas por anjos parecem não encontrar lugar na nossa teologia moderna. Talvez gostaríamos que o Senhor respondesse nossas orações com o mínimo embaraço para nós. Além do mais, quem esperará que as filas angelicais sejam perturbadas para trazer libertação a uma alma que ora?
Porém, aconteceram resultados sobrenaturais para muitos dos santos que oravam nos dias apostólicos. O Senhor usou um terremoto devastador para a libertação do apóstolo.

A oração é uma dinamite.
Não há nenhuma arma fabricada contra a oração que possa neutralizá-la.
Algumas coisas podem atrasar as respostas à oração, mas nada pode parar o supremo propósito de Deus.

"Se tardar, espera-o". O primeiro requerimento na oração é crer.

- Crer que Deus é "galardoador dos que O buscam".
- Crer que Deus está vivo e que, portanto tem poder não somente para a libertação de Pedro, mas também para a nossa.
- Crer que Deus é amor e que Ele tem cuidado dos Seus.
- Crer que Deus é poder e, portanto nenhum poder pode opor-se a Ele.
- Crer que Deus é verdadeiro e, portanto não pode mentir.
- Crer que Deus é bom e que Ele nunca abdicará Seu trono ou falhará em Sua promessa.

Refletindo sobre a história de Pedro, fui repreendido, humilhado, envergonhado e atormentado. Por que? Porque há grandes santos de hoje em dia, Watchman Nee por exemplo, que por anos têm sofrido e têm permanecido cativos pelos comunistas e outros.
Muitos dos santos de hoje estão quietos na prisão.
O mesmo destino tem sucedido a algumas testemunhas escolhidas de Deus no Vietnã e em Congo.
Tais perigos a outros membros do Corpo demandam preocupação, concentração e consagração para um plano comprometido de oração em favor deles.
Eu temo que orações não têm sido feitas a Deus sem cessar por estes sofredores membros da família.

O Sr. Bunyan nos mostra seu Cristão cativo pelo Gigante Desespero no Castelo da Dúvida.
A chave para sua libertação foi Promessa.

Nós Cristãos estamos no cativeiro em muitos níveis hoje pessoais, domésticos, da igreja e de iniciativa missionária.
Mas as correntes se quebram e as masmorras caem quando a oração é feita pela igreja à Deus:

- Oração sem cessar;
- Oração que destrói nossa situação atual;
- Oração que nos drena de qualquer outro interesse;
- Oração que nos emociona por suas imensas possibilidades;
- Oração que veja Deus como Aquele que do alto governa, Todo-Poderoso para salvar;
- Oração que ria das impossibilidades e grite: "Será feito";
- Oração que veja todas as coisas debaixo dos Seus pés [de Deus];
- Oração que é motivada com o desejo pela glória de Deus.

A oração de um crente pode tornar-se um ritual.
O lugar da oração é mais do que território onde atiremos todas nossas ansiedades, preocupações e temores.
O lugar da oração não é um lugar para deixar cair uma lista de compras diante do trono de um Deus com infinito suprimento e ilimitado poder.

Eu creio que o lugar da oração não seja somente um lugar onde eu perca meus fardos, mas também um lugar onde eu receba um fardo.

Ele compartilha meu fardo e eu compartilho a Seu fardo. "Meu jugo é suave e meu fardo é leve".
Para conhecer este fardo, devemos ouvir a voz do Espírito. Para ouvir esta voz, devemos calar e saber que Ele é Deus.

Esta hora calamitosa nos assuntos dos homens demanda uma igreja mais saudável do que a que temos.
Esta manifestação evidente do mal na juventude e na violação dos mandamentos de Deus por todo o mundo requer uma fé que não recua.
Podemos deixar nossas espadas de oração enferrujadas nas bainhas da dúvida?
Poderemos deixar nossas desentoadas harpas de oração penduradas nos salgueiros da descrença?


- Se Deus é um Deus de inigualável poder e inacreditável força,
- Se a Bíblia é a imutável Palavra do Deus vivo,
- Se a virtude de Cristo é tão nova hoje como quando Ele primeiro fez a oferta de Si mesmo a Deus depois de Sua ressurreição,
- Se Ele é o único mediador hoje,
- Se o Espírito Santo pode nos ressuscitar como Ele fez como nossos pais espirituais,

Então todas as coisas são possíveis hoje.

Os mares estavam agitados, os ventos estavam uivando, os marinheiros estavam chorando, os mastros estavam voando, as estrelas estavam escondendo-se, o Euro-aquilão explodindo.
As pessoas estavam encolhendo-se e gritando, gemendo e suspirando. Somente um homem estava louvando. Todos estavam esperando a morte, exceto Paulo.
No meio de uma cena de desespero, se alguma vez houve uma, Paulo clamou: "Senhores, eu creio em Deus" (Atos 27).
Como as coisas parecem estar totalmente diferentes estes dias, eu vou me unir a Paulo.

Eu vou dizer com fé: "Senhores, eu creio em Deus". Você se unirá a mim?

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Vagas no Reino de Deus (Ricardo Gondim)

Chegou às minhas mãos um documento confidencial, com uma chancela em alto relevo, que diz: “Sala do Trono”.

É uma circular interna do Céu que descreve o perfil das pessoas que Deus procura para encarnarem os valores do seu Reino na terra.

Não me perguntem quem vazou esse papel tão sigiloso; realmente desconheço sua origem.
Só consigo comprovar sua autenticidade pelo conteúdo das propostas, a meu ver, coerentes com a Bíblia.

Transcrevo-o abaixo:

Procuram-se mulheres e homens que não vivam escravizados pelas mesmas obsessões que dominam as pessoas: riqueza, fama e poder.

Serão dispensados aqueles que correm alucinados, sempre perguntando: ‘Que comeremos, que beberemos? Ou: com que nos vestiremos?.

Não serão recebidos currículos de quem gosta dos lugares de honra, e de posar ao lado de pessoas consideradas importantes. Nenhum entrevistado pode vangloriar-se de seus feitos.
Sugere-se que seja considerado apenas o que se enleva com a grandeza das galáxias ou com a fragilidade das margaridas.

O candidato pré-aprovado deve estagiar em algum deserto e será despedido sumariamente aquele que não souber ouvir a voz dos ventos mais delicados; não se extasiar com o pôr-do-sol que colore o céu de vermelho; e não se calar diante das constelações que enfeitam as noites escuras com seus diamantes.

Para ocupar a posição de apóstolo, só se admitirá o que abrir mão deste título; será reprovado o candidato que afirmar, em algum ponto da entrevista, que se sente honrado com a possibilidade de continuar com a missão apostólica. O entrevistado precisará revelar discrição e total desinteresse para com os louvores humanos.
Não será admitido, em hipótese alguma, qualquer um que, mesmo de relance, demonstre estar cogitando um projeto próprio.
Está desqualificado o que insinuar, até inconscientemente, que gosta de dinheiro.
Será desprezado quem se esforçar para mostrar uma espiritualidade mais intensa que a maioria das pessoas.

Há grande necessidade de profeta, mas se exigirá um rigor maior no preenchimento dessa posição. O profeta será testado em sua capacidade de sentir o coração de Deus.
Numa primeira avaliação, o candidato será levado a conviver com os sofrimentos mais cruciantes da humanidade.
Será despedido sumariamente aquele que oferecer explicações teológicas para a dor universal. Antes, requer-se que o profeta saiba deitar seu ouvido no coração de Deus e sinta seus anseios e vibrações pela raça humana.
Reprove-se o que não verter lágrimas; não soluçar com a morte desnecessária de crianças; não se indignar com a volúpia dos que acumulam fortunas, não protestar contra a indiferença dos confortáveis; e não lutar contra os preconceitos racial, cultural e de gênero.

O candidato a evangelista deverá preencher os seguintes critérios: 1) Amar as pessoas, mais do que seu ofício. Portanto, é bom observar como reage ao sucesso ou ao fracasso. Será reprovado todo aquele que demonstrar extrema alegria pelo bom desempenho de alguma empreitada.
Será descartado, igualmente, o que se entristecer com o baixo rendimento de seus esforços. Somente estará apto para o ofício de evangelista quem aprender a amar, mesmo quando as pessoas resistem à sua mensagem.
Ser fiel é mais importante que bem sucedido. 2) Não se aceitará o orador empolado, que repita clichês, ou que maltrate o bom senso das pessoas com frases prontas. Quem fizer promessas irreais, responder ao drama humano com simplismos; se usar a mensagem do Evangelho com o intento de subornar ou coagir o amor das pessoas, será desconsiderado.

3) Terá desclassificação imediata, quem fizer convite de conversão, apelando para as emoções.
A entrevista qualificatória deve terminar no instante em que se perceber que o candidato a evangelista gosta de manipular e sensibilizar as pessoas com choros e frenesis.

Há vaga para pastor. Contudo, não se deve apressar o preenchimento dessa função. Só será admitido, candidato que já tenha caminhado extensamente com o povo.
É bom que conheça todo espectro social e saiba transitar entre ricos e pobres; doentes crônicos e atletas profissionais; patrões e empregados.
Como os pastores não podem viver trancados em gabinetes, é de bom alvitre que se avalie como se comporta quando prega para grandes auditórios, e como trata indivíduos.
O que demonstrar maior traquejo com multidões, mas evita o contato pessoal, será repudiado.
Todo pastor precisa caminhar de mãos dadas com famílias enlutadas; precisa saber esperar pela notícia de morte ao lado das ovelhas que choram no corredor da UTI; precisa conversar pacientemente com os jovens que lutam com sua sexualidade; e precisa abraçar carinhosamente os idosos.
É imprescindível que, vez por outra, chore quando oficiar casamentos.

Existe uma grande necessidade de mestre. Mas, para essa função, o candidato precisa apresentar seu currículo acadêmico, que será analisado de acordo com a capacidade e oportunidades de cada um.

Contudo, o futuro mestre não pode valorizar exageradamente a letra a ponto de matar o espírito dos textos. Ele deve revelar disposição de defender a verdade, principalmente quando ela estiver a serviço da vida.
Será desclassificado aqueles que, na defesa de suas convicções, demonstrar descaso existencial.
Deve-se pedir que cada candidato escreva ressonâncias a poesias, pintura ou música; deverão ficar de fora, os que mostrarem rigor exagerado no literalismo, na análise técnica da obra.
Não serve para essa função o que perde a beleza subjetiva, aquela que só se percebe com o coração.
Quando o entrevistado comentar que domina um determinado assunto, ficará sob suspeição até o final da entrevista.
A título de exercício, em cada argumentação do futuro mestre, é mister que haja contestação com pressupostos diferentes.
Caso se mostre intolerante, ou não ceda na arrogância de seu conhecimento, será reprovado”.

Surpreendi-me com integridade da Descrição de Funções do Reino Deus!

Como é fantástico que Ele continue à procura de cooperadores verdadeiros.

Aconselho que muitos candidatos se tranquem em seus quartos, dobrem os joelhos e se voluntariem; será uma honra verem-se incluídos para o nobilíssimo serviço de continuar o que Jesus começou.

Eu já me candidatei e aguardo minha aceitação. Mas, enquanto ela não chega, treino outros. Desejo que eles se tornem hábeis artesãos de uma nova história.

Soli Deo Gloria.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Orando Agressivamente (John MacArthur Jr.)

“Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mateus 6:10)

Muitas pessoas assumem que de alguma forma tudo o que acontece é a vontade de Deus, mas isto não é verdade.

Vidas destruídas por agressivos assassinatos e famílias rompidas por adultério não é a vontade de Deus. Crianças e adultos destruídos por abuso ou incapacitadas por doença não é a vontade de Deus. Ele usa o pecado e a doença para realizar Seus propósitos (Romanos 8:28), mas eles não são o Seu desejo.

No final das contas, Deus destruirá todo mal e cumprirá Sua vontade perfeitamente (Apocalipse 20:10-14), mas isto não aconteceu ainda.

Este é o porquê devemos orar para que Sua vontade seja feita na terra. Não podemos permitir que sejamos passivos ou indiferentes na oração.

Devemos orar agressivamente e não desanimar (Lucas 18:1). Foi assim que Davi orou.

Sua paixão pela vontade de Deus o compeliu a orar: “Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim, falarei das tuas maravilhas...Correrei pelo caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração. Ensina-me, ó SENHOR, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim. Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei e observá-la-ei de todo o coração. Faze-me andar na verdade dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer” (Salmos 119:27, 32-35).

“Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.” (Salmos 143:10)

Mas Davi também orou: “Levante-se Deus, e sejam dissipados os seus inimigos; fugirão de diante dele os que o aborrecem. Como Se impele a fumaça, assim tu os impeles; como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os ímpios diante de Deus. Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria” (Salmos 68:1-3).

Ele amava a vontade de Deus, mas também odiava tudo que se opunha a ela.

Quando você orar verdadeiramente para que a vontade de Deus seja feita, você estará buscando agressivamente Sua vontade para sua própria vida e se rebelando contra Satanás, seu maligno sistema mundial e tudo o mais que estiver em conflito com a vontade de Deus.

Pois a Palavra de Deus diz “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
(Romanos 12:2)

Que o nosso Clamor diante de Deus seja: “venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Cristo e a Humanidade

Se olharmos para a Via Crucia, veremos um homem carregando uma cruz, sem ao menos merecer tal condenação...

Ele foi açoitado, crucificado junto com ladrões, mas não merecia...

Quantas ofensas, zombarias e calúnias ele teve que ouvir, mas não merecia...

Olhe agora para nós: Pecadores, falhos, miseráveis, que sem merecer fomos perdoados, restaurados e salvos através daquele homem, mas nunca merecemos isto...

Se fossemos parar para pensar no que mereceríamos, logo veremos que nós mereceríamos ser açoitados, injuriados, e cruficados no lugar dele, Mas ao invés disso, foi Ele que escolheu morrer por nós e em nosso Lugar...


Isto é a Graça de Deus, tão inesperada, que nos constrange e nos faz experimentar um amor tão puro, real, sacrificial, verdadeiro, tão altruísta (que se esvazia totalmente de si mesmo e de seus interesses em favor dos outros), um amor sempre presente e maior que o mundo inteiro.

A graça de Deus é a porta do Caminho para Deus (Jesus Cristo), que é um caminho para a misericórdia e o perdão de Deus.

"Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram;
e ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. "

(2 Coríntios 5:14-15)

"Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer.
Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. "

(Romanos 5:7-8)


Por que isso teve que acontecer ???

Se olharmos para a Criação, veremos que Deus escolheu criar um Ser a sua imagem e conforme sua semelhança.

Qual é a Imagem de Deus ?

Um Deus Criador, Soberano, que é Espírito é tem o domínio do Mundo Espiritual.

Qual é então a Imagem do Homem ? Semelhante a Imagem de Deus ?

Um homem que é Natural, para exercer domínio sobre um Mundo Natural, Criado com alguns atributos de Deus que o capacitam para isso, como por exemplo, a Inteligência, e soberania sobre todo e qualquer ser vivo na terra, e a capacidade de interagir com o mundo ao seu redor (sentidos NATURAIS: Tato, visão, audição, paladar, olfato).

Somos como se fosse pequenas imagens de Deus, não digo deuses, mas sim cópias em escala muito menor, que lembram o Criador, pois se assemelham com Ele, mas Ele é muito maior do que nós, pois somos apenas Criaturas Limitadas e mortais criadas por um Criador Ilimitado e Eterno.

Deus não criou Robôs, mas sim Seres que têm uma autonomia (liberdade e capacidade de pensar) assim como a Dele, e assim temos um domínio no Reino Natural Semelhante ao que nosso Criador tem no Reino Espiritual.

Mas ao Fazer isso, Deus sabia dos riscos que corria, e que essa criação poderia ser corrompida, e pela liberdade que Ele deu, eles poderiam vir a se afastar Dele.

Vejo as Duas Árvores que haviam no Jardim do Éden da seguinte forma:

- A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal não seria para sempre proibida, mas seria para quando eles estivem maduros após andar com Deus, ou seja, seria o atestado de que eles já seriam aptos para serem julgados pela suas ações, pois já teriam o conhecimento necessário, como se fosse um diploma de faculdade.

- A Árvore da Vida somente seria consumida após isso, para que eles tivessem assim a Imortalidade.

O Objetivo de Satanás era que eles comessem do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, mesmo sendo ainda ingênuos, e após isso comessem do fruto da árvore da Vida, para que ficassem eternamente condenados e separados de Deus, não como ele que escolheu isso voluntariamente ao se rebelar contra Deus, mas enganados por ele.

Mas Deus prevendo isso, logo os expulsou do Edén, para que não comessem do fruto da Árvore da Vida.

Com Isso, O Homem, que foi criado para ser da Família de Deus, ficou sendo rebelde, e com isso, parte da Família do diabo.

"Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira."
(João 8:44)

Mas Deus não deixou que isso ficasse assim, e colocou em ação o seu plano para a redenção da Humanidade, um plano que transformaria a maldição em benção.

"Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência (Satanás e o Pecado) e a sua descendência (Cristo); esta te ferirá a cabeça (Vitória Eterna de Cristo na Cruz), e tu lhe ferirás o calcanhar (a crucificação, morte e sofrimento temporais, mas vitória Eterna)."
(Genesis 3:15)

O Plano de Deus envolveu a Humanização de Deus (Jesus Cristo, que mesmo sendo filho de Deus, se fez filho dos Homens) (filipenses 2:5-9), para a participação dos homens na Natureza Divina (João 1:12, 2Pedro 1:3-4).

O Plano da Salvação de Deus foi que seu Filho (Divino) fosse feito Homem, e com isso, mesmo sem ter pecado, recebesse a condenação e o salário do Pecado (romanos 6:23) no Lugar do Homem (ou seja, sacrifício Vicário, em nosso lugar).


"Aquele que não conheceu pecado (Jesus Cristo, Filho de Deus), Deus o fez pecado por nós (condenado em nosso lugar, crucificado entre ladrões); para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. "
(2 Coríntios 5:21)

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6:23)

Quando Jesus Cristo estava na Cruz, uma de suas últimas Palavras foi: Já Está Consumado, onde ele Pagara pelo preço dos pecados do homens e logo após morrera...

Mas Ele Venceu a Morte e o Pecado, pois a morte é a conseqüência do Pecado e Aquele que não pecou foi morto sem merecer tal condenação.

E como era/é/sempre será puro e santo, como um cordeiro imaculado tomou sobre si toda a condenação pelo Pecado, tomou as chaves da morte e do Inferno, e é poderoso para livrar os que clamam por Ele e pela fé se aproximam dele.

"Jesus Cristo é o mesmo ontem, Hoje e Eternamente" (Hebreus 13:8)

"Eis que estou a porta e bato, quem ouvir a minha voz e abrir a porta, cearei com ele, e ele comigo" (Apocalipse 3:20)

"Vinde a mim vós que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei" (Mateus 11:28)

"O ladrão vem para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância" (João 10:10)

Jesus Cristo morreu por nós, e é nosso intercessor diante de Deus, cheguemos pois a Ele, e alcançaremos graça, perdão e amor nessa vida, e também a vida Eterna.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Ter uma Real Identificação com Jesus

"Quem quiser vir após mim, Negue-se a si mesmo, Tome a sua Cruz e siga-me"

Hoje no Mundo existem muitos Milhões de Cristãos, mas quantos de fato se preocupam em serem mais do que apenas alguém que é Cristão porque tem uma Religião, ou porque faz parte de uma Igreja, ou mais do que ter o rótulo de Cristão por admirar Jesus ?

Ser Cristão é ter uma identificação pessoal com Jesus, nada menos do que isso !

Ouvi certa vez uma pregação que dizia que a Igreja é a Noiva de Cristo, e por isso deve se divorciar de Tudo no Mundo que a afasta Dele.

E por isso, os Cristãos passam privações e até perseguições, mas Jesus Disse: "O Servo não é maior do que o Senhor, e se me perseguiram , certamente perseguirão a vós também, Mas se guardaram a minha Palavra, também guardarão a vossa." (João 15:19-21)

Jesus mesmo passou por privações:
- Quando estava prestes a nascer, não tinha vaga para Ele na Hospedaria.
- Quando Cresceu, Não Tinha Lugar em Sua Família, que se voltou para Ele.
- Foi para o Templo, e lá não havia lugar para Ele, e o templo se voltou contra ele.
- Quando Morreu, não havia Lugar para Enterrá-lo na Cidade e Ele foi enterrado fora da Cidade.

Porque temos que esperar ser aceitos em Todo Lugar por sermos Cristãos ?

Se o Mundo não pôde (nem hoje pode) suportar o Homem mais Santo que já existiu, por que eles nos suportam sendo que somos discípulos Dele ?

Será que estamos realmente Compromissados com Jesus ?

Será que não temos estatura Espiritual suficiente ?

Será que a nossa retidão não reflete na corrupção deles ?

Certa vez ouvi que o homem que deixou Jerusalém carregando uma cruz tinha certeza de uma coisa: que ele não voltaria mais.

O Mundo tem que estar crucificado para nós e não pode nos fascinar.

Seguir a Jesus é ter a certeza que Cristo vive em nós, e por isso o passado já se foi e tudo se fez novo, e não voltaremos a ser o que éramos antes.

Se essa for a nossa preocupação, com certeza seremos uma geração diferente, que é Sal da terra e luz do Mundo.